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Sem fama e fortuna: 7 bandas de hair metal que não decolaram nos anos 80

Rock Bizz 2 meses atrás


Na década de 1980, as luzes de neon coloridas da pomposa Sunset Strip exerciam nos aspirantes a rock stars o mesmo poder magnetizador de um feixe de luz nos insetos. Era uma atração perigosa, capaz de cegar os sentidos e atraí-los para um vórtice composto por promessas vazias, abusos de toda sorte e os inevitáveis choro e ranger de dentes.

De maneira ingênua, os muitos postulantes a nova sensação do rock n’ roll consideravam que uma cópia pálida do que estava em ascensão e ou gozando de considerável prestígio no mercado já bastava para se posicionar no mercado fonográfico em uma ordenação de vanguarda.

Tolos e infantis! Se tivessem feito minimamente a lição de casa já saberiam que “it’s a long way to the top (if you wanna rock n’ roll), como fora claramente ensinado e cantado pelo saudoso Bon Scott, do AC/DC.

Além do mais, os atalhos como contatos dentro do sistema musical pouco ajudariam se o produto fosse genérico, visto que, para cada Mötley Crüe, Ratt, Poison, Cinderella e Dokken, havia dezenas de outros nomes comercializando as mesmas mercadorias, que mais se assemelhavam a produtos padronizados e de baixo valor agregado.

Sendo assim, muitos grupos e artistas ficaram sem as almejadas fama e fortuna, pois não vingaram e precisaram se contentar com o segundo ou terceiro escalão da cena rock n’ roll. Logo abaixo, propomos rememorar 7 bandas de hair metal que não decolaram nos anos 80.

Pretty Boy Floyd

O nome do conjunto foi bem sacado, visto que fora inspirado no famoso gangster e ladrão de bancos que assolou as costas leste e oeste dos Estados Unidos na década de 1920.

O quarteto teve relativo holofote com o debute Leather Boyz with Electric Toyz, de 1989; no entanto, a fragilidade do repertório era latente, visto que a falta de riffs e solos de guitarras fortes e melodias vocais calorosas deixam um sabor insosso em todo repertório do grupo.

Black ‘n Blue

Formada pelo vocalista Jamie St. James e pelo guitarrista Tommy Thayer (ex-KISS), a banda, que estava no cast da Geffen Records, estava no lugar certo e na hora certa, porém, carente de originalidade, já que ficava no expediente Ctrl+C e Ctrl+V de Def Leppard e Dokken.

Nem o apoio do linguarudo Gene Simmons (KISS) e o trabalho do produtor Bruce Fairbairn deram liga ao som dos caras. O Black ‘n Blue acabou se tornando uma banda cult para os mais apaixonados pelo glam/hair metal, e ainda se apresenta pelos Estados Unidos, naqueles festivais que mais se parecem um baile da saudade.

Lizzy Borden

Aqui se trata de outro nome de banda com inspiração pitoresca, para dizer o mínimo, uma vez que a ideia do nome veio da jovem, religiosa e cidadã de bem Lizzie Andrew Borden, que matou seu pai e madrasta a machadadas em 1892.

A trama, digna de filmes à la Jason Voorhees e Michael Myers, se tornou parte do folclore freak dos norte-americanos, além disso, já rendeu documentário, obras ficcionais e livros.

Bem, este foi o pano de fundo usado pelo vocalista Gregory Charles Harges, pois adotou, inclusive, a alcunha de Lizzy Borden para o seu alter ego artístico e para o nome de sua banda.

Apesar do visual condizente com a época, apelos teatrais, vocal apurado e contrato com a Metal Blade, o som do quinteto não caiu nas graças do grande público, ficou patinando em um triste limbo de ter uma base fiel, contudo, insuficiente para bancá-los na primeira divisão da música.

Leather Angel

O quarteto feminino formado por Terry O’Leary (vocal), Debbie Wolf (guitarra), Cathy Amanti (baixo) e Krissi North (bateria) considerou uma boa sacada misturar Twisted Sister e W.A.S.P. e negligenciar a cota de originalidade.

Em uma arriscada jogada “all-in”, o disco de estreia We Came to Kill saiu em 1983, no entanto, não causou nem cosquinha na cena musical, o que desanimou a Senhorita Wolf e a fez abandonar o barco em 1985. As outras meninas ainda tentaram rebatizar a banda de Jaded Lady, mas o fim chegou a galope e cada integrante foi cuidar de sua própria vida longe dos palcos.

Odin

Pode botar as barbas de molho, guardar o machadinho embaixo da cama e economizar no hidromel porque custa uma fortuna, uma vez que este Odin não vem das terras geladas da Suécia, Noruega ou Finlândia, tampouco possui em sua formação guerreiros consagrados pelo machado de Thor.

A parada aqui é amparada nos cabelos de poodle, laque, calça de oncinha, brilho labial, muitos biquinhos e gritinhos agudos capazes de quebrar tudo que está na cristaleira da vovó.

O trampo de guitarra, por exemplo, era até acima da média, com senso melódico maduro, todavia, o pouco investimento em publicidade e carência de um produtor para deixar o produto enxuto soterraram qualquer chance de emplacar algum single nas rádios e MTV, e o resultado foi a triste morte de Odin.

Steeler

Alguns mistérios rondam os corredores do rock e metal, e um dele é o motivo que levou o Steeler a não vingar, pois requisitos base para prosperar na cena oitentista estavam lá: guitarras virtuosas e flamejantes – cortesia de Yngwie Malmsteen; sim, ele mesmo, o sueco voador -, vocais agudos, visual, contrato com gravadora, produtor de renome e grana para fazer a máquina rodar.

Infelizmente, os caras não saíram do primeiro álbum, que é o homônimo à banda. Como não conseguiram eco no mercado, cada músico foi tentar a sorte de forma independente. O vocalista Ron Keel teve certo apelo comercial com o Keel e Malmsteen só foi fazer grana por que mergulhou em outro nicho do mercado fonográfico.

Danger Danger

É difícil acreditar que um grupo com os geniais Andy Timmons (guitarra) e Ted Poley (vocal) não tenha emparelhado ao sucesso comercial de um Warrant ou Poison. Refrãos para todo mundo cantar junto, solos de guitarra caprichados e produção musical cristalina estavam a dispor dos caras. Infelizmente, o mercado não absorveu o som e eles acabaram sucumbindo na mesma areia movediça que ceifou outros nomes medíocres da cena oitentista.



Via: Rockbizz

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