Em 2018, a revista Metal Hammer conversou com os músicos da formação clássica do Sepultura, ou seja, com Max Cavalera (vocal e guitarra), Andreas Kisser (guitarra), Iggor Cavalera (bateria) e Paulo Jr. Pinto (baixo).
Na longa entrevista, os músicos deram as suas respectivas visões sobre o rompimento de tal formação. Além disso, eles contaram alguns detalhes das brigas e dramas vividos ao longo da turnê do álbum Roots, em 1996.
Certa parte da conversa, Max comentou que poderia ter tido uma atitude mais incisiva para ficar com a marca Sepultura e seguido adiante com o grupo.
“Eu poderia ter dito: ‘Fodam-se todos vocês! Esta é a minha banda’. Eu poderia ter dito isso, se eu quisesse. Era a minha banda, inventada por mim, eu criei o nome e tudo mais. No entanto, eu simplesmente senti que era mais fácil ir embora. Mas foram seis meses de inferno. Eu morava no meu quarto, fiquei bebendo e usando drogas o dia todo. Eu não queria nada com música”.
Cavalera continuou: “Eu não sabia o que eles iriam fazer, honestamente. Mas Andreas é um cara muito ambicioso. Eu sabia que ele provavelmente iria encontrar alguém e tentar seguir com a banda. Achei que eles poderiam até conseguir alguém como Robb Flynn [do Machine Head]. Eu pensei: ‘Se isso acontecer, estou fodido’”.
Max completou: “A parte mais difícil foi com o Iggor, porque ele é o meu irmão. Eu não acreditava que ele estava fazendo aquilo comigo. Tinha um pouco a ver com a ganância e tinha um pouco a ver com a natureza humana”.
Em 1996, o Sepultura e o Max Cavalera decidiram seguir caminhos opostos: o primeiro fechou parceria com o norte-americano Derrick Green, cantor com quem já gravou nove álbuns de estúdio.
Já o segundo, Max Cavalera, criou o Soulfly, grupo que contabiliza doze discos na praça. O artista também participa de outros projetos de peso como Cavalera Conspiracy e o Killer Be Killed. Os dois lados seguem fazendo sucesso em suas respectivas carreiras.
Via: Rockbizz