Max Cavalera volta a falar por que regravou álbuns do Sepultura: “Fizemos soar relevantes agora”

Aproximadamente dois anos atrás, Max e Iggor Cavalera partiram para a missão de revisitar os três primeiros trabalhos do Sepultura, que são os pesos-pesados Bestial Devastation (1985), Morbid Visions (1986) e Schizophrenia (1987). Os irmãos os relançaram o material no boxset Third World Trilogy.

Agora, em entrevista ao YouTuber Iain McCallum, o vocalista e guitarrista Max Cavalera voltou a falar por que regravou álbuns do Sepultura. De acordo com o brasileiro, ele e seu irmão caçula fizeram os discos soarem relevantes agora.

“Esses são os discos que sentimos que precisavam ter um som adequado. Acho que são ótimas músicas e são ótimos discos, mas são muito mal gravados por causa da situação em que estávamos nos estúdios brasileiros sem dinheiro e sem produtores. Acho que a nossa própria visão para esses álbuns e músicas é diferente do que saiu.

Max continuou: “Refizemos os discos com um ótimo som de guitarra, com um ótimo som de bateria, com um produtor profissional, mas mantendo toda a agressividade. Eles ainda continuam sujos, agressivos, irritados e raivosos, e o coração da coisa está intacto.

Acho que essa foi a coisa mais legal sobre essas regravações; foi como voltar no tempo, pegar algo que foi feito há 40 anos e as fizemos soar relevantes agora, mas ainda tem o mesmo espírito do original. Acho que essa era a missão principal dessa gravação.

Acredito que nós conseguimos, e muitos fãs amaram as regravações. Eu mesmo, como músico, amo porque acho que as músicas ganharam vida nessas regravações, já que, nos discos originais, elas estavam enterradas em um som de merda”.

O músico completou: “Não mudamos as músicas! Elas são ótimas pra caramba. Não há nada de errado com elas. As canções precisavam soar melhores. Resistimos à tentação de mudá-las, modernizá-las. Elas não precisam ser modernizadas. Nós apenas as tocamos melhor, as executamos melhor e as gravamos melhor, mas com a mesma atitude e energia”.

Eis a fala completa de Max Cavalera aqui: