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The Offspring agita Belo Horizonte com show em plena Quarta-Feira de Cinzas; confira fotos exclusivas

Wiki Metal 2 dias atrás


The Offspring e Amyl and the Sniffers fazem show em BH

Olha, não sei se foi intencional, mas se foi, quem quer que tenha sido o responsável por marcar o primeiro show da turnê Supercharged, da banda The Offspring e convidados, para a quarta-feira de cinzas, está de parabéns, viu?

Pensem comigo. Para o povo que curte rock ‘n roll mas não resiste a um bloquinho, qual melhor maneira para desintoxicar do fartão de carnaval, do que uma catarse coletiva. A mistura de alegria e fúria, proporcionada por um bom show de punk rock (ou dois) no dia de renascer depois da folia toda?

Por outro lado, tenho certeza que o povo que não suporta o monopólio cultural da função carnavalesca. E por isso, estava esperando ansiosamente por qualquer coisa como essa turnê “super carregada” pra expulsar os trios elétricos de dentro de seus ouvidos.

A presença carismática de Amy Taylor do Amyl and the Sniffers

Esse pontapé inicial de pé direito foi em Belo Horizonte, no BeFly Hall, e quem abriu o show para os veteranos da The Offspring foram os australianos da banda Amyl and the Sniffers.

Definitvamente das coisas mais legais a surgir no mundo punk nos últimos anos. Esses estreantes em terras brasileiras ainda são relativamente desconhecidos por aqui. Mas eu apostaria a fortuna que não tenho, que depois desta série de shows com The Offspring e outras bandas, e de um show solo lotado no Cine Jóia no dia seguinte em São Paulo, da próxima vez que vierem, vai ser com turnê própria e muita gente com as músicas na ponta da língua.

Estar na posição de número de abertura para uma banda com tanta estrada e público cativo por aqui como The Offspring é uma maneira muito esperta de apresentar a sua música para um público maior. Por outro lado, esse lugar da banda de abertura carrega alguns fatores limitadores.

Sem stage dive desta vez

Fui para o pit, aquele espaço em frente ao palco, fotografar Amyl and the Sniffers com a esperança de realizar o sonho de registrar a absurdamente carismática vocalista Amy Taylor mergulhando com tudo em cima do povo da área do gargarejo, como ela faz de vez em quando. Mas por conta da estrutura montada em frente ao palco para disparar papel picado e coisas do tipo durante o show de The Offspring, de cara dava pra ver que essa manobra mais roots da Amy seria inviável.

Ficamos então desta vez em BH com a versão “banda de abertura” de Amyl and the Sniffers. O que já foi uma grande coisa, com certeza. Mesmo sem stage diving nenhum, é difícil tirar os olhos de Amy Taylor. A vocalista não fica parada um segundo. Circundada pela presença estóica, inabalável, do trio que completa a banda: Declan Mehrtens, Gus Romer e Bryce Wilson.

The Offspring é diversão garantida

Por outro lado, The Offspring trouxe foi de tudo um pouco pra garantir um belo entretenimento ao seu público. Teve os tais dos canhões disparando papel picado. Teve um belo arsenal de vídeo o tempo todo
rolando atrás da banda e em dois outros telões. Bolas infláveis grandonas pra galera brincar. E teve até dois bonecões de posto “dançando” ensandecidamente, um de cada lado do palco.

Isso tudo, sem nem entrar no mais importante, claro, que é a música. Toda a parada de sucessos clássicos dos californianos. “Pretty Fly (For a White Guy)” e “Why Don’t You Get a Job?” entre muitos sucessos se fizeram presentes. E como esperado, também estava lá a nova (e um pouco puxa saco demais pro meu gosto) “Come to Brazil”. E aí, a falta de peso no coro do público, que ainda caracterizou o show de abertura, desapareceu. Ficou muito claro quem a maioria das pessoas veio ver mesmo.

The Offspring entrega tudo o que o público esperava

The Offspring cumpriu bem o papel de trazer o povo do rock das cinzas da quarta-feira de volta à vida. Conversaram com o público, especialmente o guitarrista Noodles, e brincaram de fazer cover de intros clássicas do Rock, como “Iron Man” e “Sweet Child O’ Mine” e mesmo uma “Blitzkrieg Bop” inteira.

Entre momentos covers como esses e as execuções dos sucessos da própria banda, o público em Belo Horizonte parou de cantar junto poucas vezes. A qualidade do som estava excelente. Dexter Holland está em plena forma vocal e a banda se mostrou visivelmente feliz por estar de volta ao Brasil. Então acho que um pouco de “puxassaquismo” é aceitável. Por exigência da banda, no entanto, as fotos dessa parte da noite são só de longe. Só pra deixar claro que a falta de close não é uma decisão editorial viu?

Eles seguem agora pelo Brasil nos próximos dias para mais alguns shows, sendo que São Paulo e Curitiba recebem o line up completo com um mini festival de 6 bandas. Acabou o carnaval! É tempo de punk rock, ainda que os bonecões de posto tenham me dado um rápido deja vu carnavalesco…

Texto e fotos por Rodrigo Beck

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Via: WikiMetal

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