Sepultura agita e emociona Curitiba em show de despedida

Sepultura chega ao seu último show com todo seu peso e técnica e enlouquece a cidade de Curitiba, em uma sexta-feira chuvosa, dia 22 de março de 2024. Noite fria que ficará gravada na memória de muitos fãs da banda. Era visível o misto de alegria, agitação e melancolia do público que aguardava na fila.

A casa de eventos Live Curitiba teve sua lotação máxima, com ingressos esgotados dias antes da apresentação. A previsão de abertura dos portões foi respeitada, mas ao lado de fora a fila de fãs virava quarteirões. Segundo os vendedores locais, fazia muito tempo em que não viam o local tão movimentado.

A estrutura da casa de shows costuma ser ótima, mas com a lotação máxima, ficou difícil para muitos acompanhar o show, conter escadas estreitas, que levam aos mezaninos. Mas havia uma área de alimentação e merchandising aberta, que serviu de refúgio para muitas pessoas “respirarem um pouco” e voltarem para a pista. Devido à importância do evento, o Sepultura merecia um lugar maior para realização desta última turnê.

No evento não houve banda de abertura, e o Sepultura de sempre entrou com tudo no palco e mandou “Refuse/Resist”, seguida de “Territory” e “Slave New World”. Derrick Green dá uma pausa para conversar com o público, e continuam com mais músicas que inspiraram uma geração de músicos e bandas.

Andreas Kisser, tocando como nunca, ainda instigou um “mosh” para o público, que claro, obedeceu prontamente. Quase no final do show, Derrick agradece ao público o apoio aos 40 anos de Sepultura e emendam “Sepulnation”, “Troops of Doom” e por aí vai. Então é chegado o momento em que todos esperavam e ao mesmo tempo levando muitos ao choro “Arise”, seguida de “Ratamhata” e “Roots”.

Com muita maestria e empatia a banda tira a famosa foto com o público, e se retira enlouquecendo de emoção a todos no local. Mas o público estava um pouco mais triste, por ser a última vez que presenciaram aquela banda tão querido do nosso heavy metal.

O público deixou a casa de shows devagar, custando a acreditar que realmente acabou, o sentimento de alegria misturado com tristeza foi um momento único. Ouviam-se muitas conversas entre desconhecidos, como se todos fossem parte de uma só tribo, do Sepultura, e nada mais importava. Encerramos mais um capítulo do heavy metal brasileiro com nossos agradecimentos ao eterno Sepultura!

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