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Entrevista Russian Circles: Brian Cook fala sobre ‘Gnosis’, Brasil e planos futuros

Wiki Metal 8 meses atrás


Russian Circles, banda de post-rock/post-metal americana, vem ao Brasil pela primeira vez para uma apresentação única em São Paulo, que acontece no dia 3 de abril, em São Paulo, no Cinejoia. Compre aqui seu ingresso.

O trio, formado por Mike Sullivan na guitarra, Brian Cook no baixo e Dave Turncrantz na bateria, chega ao país com uma turnê em promoção ao seu oitavo álbum, Gnosis, lançado em 2022.

Em uma entrevista exclusiva com o Wikimetal, Cook falou a respeito da cena post-rock/post-metal atual, além de Gnosis e a primeira vinda do grupo ao Brasil.

Confira a entrevista na íntegra:

Wikimetal: Gnosis é o seu álbum mais recente e um dos maiores destaques é a sua potência. Como você se sente com a aceitação desse tipo de música hoje em dia, principalmente nas músicas instrumentais?

Brian Cook: Obrigado pelas amáveis ​​palavras. Nós nos sentimos muito afortunados por podermos fazer esta banda por quase vinte anos, pois acho que os objetivos iniciais da banda eram muito modestos. Acho que a banda olhou para grupos como The Fucking Champs, Don Caballero e Trans Am como exemplos de como queríamos operar como um grupo instrumental. E embora todas essas bandas tenham feito muito sucesso aos nossos olhos, não acho que nenhum de nós pensou que seríamos capazes de fazer uma turnê por todo o mundo em nossa escala atual. Acho que muito do nosso sucesso vem das portas abertas pela internet e dos avanços tecnológicos que permitem que a música seja acessível e reproduzível em tantos ambientes diferentes. Podemos preencher mais tempo em nossas vidas pessoais com música devido à facilidade de streaming e mp3s, e acho que a música instrumental se encaixa bem nesses novos períodos de tempo.

WM: Vocês já estão planejando fazer o trabalho seguinte do Gnosis?

BC: Ainda não. Estivemos principalmente no performance mode. Existem algumas ideias circulando, mas é mais fácil escrever quando podemos nos concentrar inteiramente nesse aspecto da banda e não ser interrompidos pelos ensaios para os shows.

Entrevista continua após o player

WM: Como você percebe a cena post rock/metal hoje em dia? Há alguma banda mais recente desse estilo que você mencionaria?

BC: Eu sempre me sinto mal quando nos fazem esse tipo de pergunta, porque eu realmente não procuro músicas novas no mundo post-rock/post-metal. O metal representa uma grande parte da minha dieta musical. Gosto de muitas coisas na veia black/death/war metal – coisas que você encontraria lançadas por gravadoras como Extremely Rotten, Nuclear War Now, Sentient Ruin e Me Saco Un Ojo, mas não escuto muitas coisas que tenham um elemento atmosférico, a menos que seja uma banda como Blood Incantation, onde eles tratam suas diferentes abordagens estilísticas quase como dois projetos separados. Dito isto, há obviamente uma grande cena para as coisas do gênero post por aí e tocamos em muitos festivais nesse reino e fazemos shows com muitas dessas bandas. Acabamos de fazer uma turnê pela Austrália com Tangled Thoughts of Leaving, que são fantásticos e têm muitos momentos que evocam coisas como os discos elétricos de Miles Davis ou Emerson Lake & Palmer. Eles são uma ótima banda que está fazendo algo novo e emocionante. Tocamos com uma banda alemã chamada Acid Rooster em um festival no ano passado e nos tornamos fãs deles. Eles têm uma vibe pesada de Cologne-circa 1970… muito krautrock. E há bandas de Chicago que exploram espaço e textura de uma forma que pode agradar ao público post-rock como REZN e FACS, com quem fazemos turnê [e que] amamos muito. Mas no que diz respeito aos artistas mais novos que estão firmemente no mundo post-rock, não tenho muito conhecimento.

WM: A banda completa 20 anos de existência em 2024. Olhando para trás, quais são os momentos que você gostaria de destacar?

É sempre emocionante tocar em algum lugar novo. Nossas primeiras viagens à Europa, Japão, Rússia e México foram grandes destaques. Essa é uma das grandes razões pelas quais estamos tão entusiasmados com esta turnê pela América Latina. Nunca esperávamos ter esse tipo de oportunidade, por isso não consideramos isso garantido.

WM: Russian Circles já se apresentou em festivais como SXSW e Psycho California. O que vocês têm aprendido com esses grandes shows?

BC: Os festivais são estressantes porque você não tem a mesma capacidade de controlar o show e ajustar seu equipamento e som. Mas há muita adrenalina envolvida nessas performances, então se você conseguir aproveitar essa energia e não deixar a ansiedade tomar conta, elas podem ser experiências transcendentais. Alguns de nossos shows favoritos foram em festivais – como o Dunk! Festival onde gravamos nosso álbum ao vivo. Ou Hellfest. Ou Roadburn. Mas ainda preferimos fazer um show em um clube em qualquer dia da semana.

WM: Esta é a primeira vez que a banda vem ao Brasil. Por que vocês demoraram tanto?

BC: Estamos muito entusiasmados por finalmente vir ao Brasil! Gostaríamos que não fosse tão longe e tão caro para chegar! Na verdade, demoramos muito porque estávamos esperando que um promotor nos convidasse e garantisse que poderíamos apresentar a qualidade do show que achávamos que as pessoas merecem de nós.

WM: Quais são suas expectativas para esta próxima turnê aqui no país?

BC: Eu realmente não tenho ideia! Eu assisti vídeos antigos do Sepultura deles tocando no Brasil no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 e parece tão selvagem e desequilibrado! Espero que recebamos um pouco dessa energia do público!



Via: Wiki Metal

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