Richie Kotzen, famoso guitarrista que recentemente lançou seu mais novo disco em parceria com Adrian Smith, revelou quase ter integrado o Nine Inch Nails – isso se uma banda em seu repertório não tivesse o “impedido”.
De acordo com informações reveladas por Kotzen em entrevista ao Hot Metal (via Blabbermouth), o fato ocorreu entre 2000 e 2008, época em que Robin Finck (Guns N’ Roses) se ausentou da banda. Ele relatou que Jeordie White, também conhecido como Twiggy Ramirez, que na época tocava com a banda de Trent Reznor, comentou que estavam à procura de um novo guitarrista para o grupo:
“Ele me disse: ‘Olha, você precisa vir aqui. Estamos com dificuldade para achar um guitarrista’. Então fui até o Third Encore [estúdio em North Hollywood] e passei o dia lá. O Trent me disse: ‘Você é de longe o melhor cara que tentamos. Eu adoraria ter você na banda. Meu empresário vai entrar em contato com você.’ E saí de lá pensando: ‘Uau, ok, vou entrar em outra banda’”, disse Kotzen.
Por que Richie Kotzen não entrou para o Nine Inch Nails?
Kotzen esperou durante semanas por um retorno do empresário de Reznor após a última conversa entre os dois. Ao ir questionar Ramirez sobre a demora, o baixista de Marilyn Manson ‘jogou’ um balde de água fria no guitarrista:
“Eu encontrei o Jeordie e perguntei: ‘O que aconteceu?’ Ele disse, basicamente, que [Reznor] falou que não queria abrir a Rolling Stone e ver ‘NINE INCH NAILS contrata ex-guitarrista do POISON, Richie Kotzen’. Ele não queria essa associação com uma banda de hair metal. E, sabe, esteticamente, quando você pensa na base de fãs e em como as pessoas interpretariam isso, até consigo entender o ponto. Então, brinquei dizendo: ‘Ei, faço isso com um pseudônimo’, porque na época eu não estava fazendo nada, e acho que ele é um gênio — teria adorado trabalhar com ele”.
Apesar de ter sido rejeitado na banda, Kotzen afirma que jamais se arrependeu de ter trabalhado com o POISON, e que essa “não foi a primeira vez que algo assim me impediu de seguir por um caminho ou outro”.
“Agora, olhando pelo outro lado da moeda, não me arrependo de ter feito parte do POISON, porque acho que fizemos um disco realmente incrível. E eu prefiro muito mais que esse disco esteja onde está agora do que ter feito qualquer outra coisa que eu poderia ter feito. Mas é assim que funciona o mercado da música. Não se trata apenas da música; muitas pessoas escutam com os olhos. E isso é lamentável em uma situação como essa. Mas é a realidade. E, aliás, isso acontece mais no mundo do rock.”, refletiu o guitarrista.
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Via: WikiMetal