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Andreas Kisser está tranquilo sobre futuro pós Sepultura

Wiki Metal 5 horas atrás


Durante uma conversa com o jornalista Jarek Szubrycht no Mystic Festival, na Polônia, transcrita (via Blabbermouth) Andreas Kisser explicou os motivos por trás da decisão do Sepultura de anunciar sua turnê de despedida. Com encerramento previsto para o final de 2026, a turnê marcará o fim de uma trajetória de mais de 40 anos.

Segundo o guitarrista, o momento foi escolhido por representar uma conclusão natural. Ele destacou o legado da banda — que saiu do Brasil para se apresentar em quase 80 países, levando a identidade brasileira ao heavy metal — e comentou que o álbum Quadra (2020) foi uma forma digna de encerrar a discografia. Kisser também mencionou que a pandemia e uma perda pessoal profunda: a morte de sua esposa após uma longa batalha contra o câncer – mudaram  sua visão sobre a vida, a morte e os ciclos naturais. “A morte foi meu maior professor”, refletiu.

Andreas reconheceu que vinha sentindo pressão para continuar compondo, mas afirmou que, nesse momento, a banda preferiu priorizar a liberdade criativa. A pausa, para ele, representa uma forma de respeitar a história do Sepultura e a dedicação que exige a criação de um novo disco.

Planos pós Sepultura

Mesmo com o anúncio do fim, a banda ainda tem planos ambiciosos. Um álbum ao vivo está sendo produzido ao longo da turnê, com 40 músicas gravadas em 40 cidades diferentes. O objetivo é registrar os momentos mais marcantes dessa fase final, com energia e conexão com o público. Além disso, o Sepultura pretende visitar lugares onde nunca se apresentou antes, como Islândia e países africanos, e fazer parcerias especiais.

Kisser descreveu essa como a melhor turnê europeia da carreira da banda, com plateias entusiasmadas, fãs que agora levam seus filhos aos shows, e um forte clima de gratidão pelo legado construído. A resposta do público, segundo ele, tem sido emocionante.

O futuro pós-Sepultura já começa a se desenhar. Kisser pretende continuar envolvido com música por meio de seus projetos paralelos, como a banda De La Tierra, seu programa de rádio em São Paulo (feito ao lado do filho) e até um possível projeto de reggae com Derrick Green. Ele também manifestou interesse em dar aulas, produzir conteúdo educativo sobre guitarra e explorar novos caminhos criativos — longe da zona de conforto.

Sobre a possibilidade de uma reunião com Max e Iggor Cavalera no show final, Kisser se mostrou receptivo e disse esperar que todos possam estar presentes. Para ele, não se trata de acerto de contas, mas de uma grande celebração para os fãs e para a própria história da banda. “É só subir no palco e curtir”, resumiu.

Greyson Nekrutman substitui Eloy Casagrande

A turnê Celebrating Life Through Death começou oficialmente em 1º de março de 2024, em Belo Horizonte. O show, com ingressos esgotados, marcou a estreia do baterista Greyson Nekrutman, ex-Suicidal Tendencies, que entrou no lugar de Eloy Casagrande. A saída de Eloy foi anunciada poucos dias antes do início da turnê, e surpreendeu os integrantes remanescentes, já que ele deixou a banda para integrar o Slipknot.

Na etapa norte-americana da turnê, o Sepultura tem a companhia de nomes como Obituary, Agnostic Front e Claustrofobia, numa celebração global dos 40 anos de carreira.

Em entrevista à revista Metal Hammer, Derrick também falou sobre seus planos para o futuro. Ele pretende expandir seu programa de TV Highway To Health, trabalhar com dublagem e explorar novas possibilidades musicais, incluindo projetos fora do metal. Já sobre a parceria com Andreas fora do Sepultura, os dois brincaram sobre contratos, mas deixaram claro que estão abertos a colaborações. “Encerrar fazendo algo que soe como Sepultura seria entediante”, comentou o guitarrista.

Para Andreas Kisser, a decisão de encerrar a banda é uma forma de abrir espaço para novas experiências: “É um pouco assustador, mas também empolgante”.

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Caio Botrel

Músico desde criança, tendo estudado piano, violão erudito e guitarra, tocou em bandas como o Final Disaster e atualmente tem um projeto chamado Black Crow Feather. Colaborou com sites e revistas de metal no Brasil e exterior como hobby. Formado em Direito, graduando em análise e desenvolvimento de sistemas e estudante de Contabilidade, sua paixão pelo rock e metal iniciou-se cedo, tendo as bandas Iron Maiden, Megadeth, Children Of Bodom, Angra, Mr. Big, Supertramp e Oasis como suas preferidas.



Via: Wiki Metal

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