O quarto e último dia do Best of Blues and Rock 2025 aconteceu no último domingo, 15, na cidade de São Paulo. A tarde fria não intimidou o público, que compareceu para presenciar rock ’n’ roll de todas as idades.
Abrindo a tarde, Hurricanes chegou com todo entusiasmo mostrando seu repertório que passeia entre o rock clássico e blues – foi uma das melhores escolhas do festival. O quarteto fez jus à proposta do Best of Blues and Rock e apresentou canções dos seus dois álbuns: o autointitulado, de 2023, e Back to the Basement, de 2024. Uma banda formada por jovens, em pleno 2025, que entregam um som retrô com visual totalmente vintage, uma viagem no tempo maravilhosa.
Era nítida a emoção dos integrantes que pela primeira vez subiram no palco de um grande festival, abrindo para a banda que mais influenciou seu som: Deep Purple. Em entrevista ao Wikimetal, o guitarrista Leo Mayer comentou a oportunidade: “A gente tá super animado e ainda incrédulos que isso vai acontecer porque realmente é uma das nossas grandes referências. Ainda não estamos acreditando muito que isso vai acontecer, ver eles de perto assim. Vai ser incrível, com certeza”. E sim, foi incrível.
Logo depois, Judith Hill subiu no palco pela primeira vez no Brasil para mostrar sua potência vocal que a fez trabalhar com os dois maiores nomes da música: Michael Jackson e Prince. A cantora e compositora americana de Los Angeles entregou uma performance ao vivo que combinou sua poderosa proeza vocal e musicalidade com influências de funk, soul e rock. A capacidade de se conectar com o público foi o destaque da apresentação, com um palco simples, performance intimista e canções emocionantes.
Show atemporal do Deep Purple
As estrelas da noite subiram ao palco pontualmente – bem britânicos. Deep Purple retornou ao Brasil para show único no festival Best of Blues and Rock a menos de um ano de sua última apresentação no país, quando tocou em São Paulo e no Rock in Rio em setembro de 2024.
Com ingressos esgotados, a clássica banda de rock provou mais uma vez que é eterna e mesmo em um curto período de tempo entre seu último show, conseguiu levar uma multidão de fãs de todas as idades que não se cansam de ver ao vivo o que podemos chamar de aula.
Deep Purple tem mais de 50 anos de carreira e um ritmo de shows imparável. Formada por quatro integrantes com mais de 75 anos, Ian Gillan na voz, Ian Paice na bateria Roger Glover no baixo e Don Airey nos teclados – e o jovem Simon McBride na guitarra – o grupo provou que ainda pode aguentar muitos shows pela frente e que ainda lotariam uma plateia se retornassem no próximo ano.
A banda segue promovendo o último lançamento, =1 (2024), mas não deixa de fora os clássicos que todos esperavam assistir. Eles abrem o show com a pedrada “Highway Star”e mesclam bem os hits da carreira, como as esperadas ”Smoke on the Water”, “Black Night” e “Hush” – esse último, cover do Billy Joe Royal, imortalizada no álbum de estreia do Deep Purple.
Deep Purple não precisa de muito. A banda entrega um show simples, onde cada músico domina sua função, e fazem isso como se estivessem no auge da juventude. O show é praticamente o mesmo do ano passado, mas isso não é motivo para não presenciar a energia de uma das maiores bandas de rock em atividade.
Best of Blues and Rock 2025 fechou sua 12° edição mostrando que ainda tem uma longevidade pela frente. Soube dosar seu lineup de um jeito único, recriando um projeto já existente e acrescentando algo a mais que tornou o festival gigante e inovador. Dando espaço para bandas nacionais, estilos diferentes, artistas de diversas idades e experiências, Best of Blues and Rock se consolidou como um festival de destaque no Brasil.
Confira as fotos de Marcela Lorenzetti:
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Via: Wiki Metal