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Bill Hudson afirma “Doro Pesch foi a melhor chefe que já tive!” 

Wiki Metal 4 meses atrás


Bill Hudson e Doro no Monsters of Rock 2023

Bill Hudson conversou com Moita, apresentador do canal Heavy Talk. Na entrevista, o guitarrista que já conta com 20 anos de carreira, falou sobre sua visita prolongada ao Brasil. Hudson também falou sobre as participações em shows por aqui e os motivos que o levaram a ir morar nos EUA para viver da música. E ainda foi muito franco ao falar da época que teve problemas com alcoolismo e a volta por cima.

Bill Hudson participou do evento do Mariutti team, o Shamangra, com a banda Firewind, a convite do vocalista Caio. Na sequência participou do show do ex-Helloween Roland Grapow, além de rever amigos e matar as saudades do Brasil. Segundo ele, “atualmente as bandas brasileiras estão tendo muito mais destaque do que há 20 anos atrás.”

O início na música de Bill Hudson

Ao ser questionado se ainda sente uma mágoa pelo início da carreira no Brasil, Bill respondeu em desabafo, que o cenário musical do país na época de Angra e Sepultura, no final da década de 90, não deixava muito espaço para novas bandas. O público era muito influenciado pelas revistas da época, e apesar de tentar montar alguns projetos por aqui com músicos estrangeiros, a coisa não deu certo. Mas ele enfatiza que adora Angra e Sepultura, e que o que ocorria na época não era culpa das bandas. Ele afirma que continua fã e amigo de todos, inclusive de seu  primeiro professor de guitarra, Kiko Loureiro. Bill decidiu então morar nos Estados Unidos e tentar ganhar a vida com sua guitarra. Decisão que se mostrou correta, apesar de percalços no caminho.

O guitarrista, que já é cidadão americano, atua a muito tempo no exterior, trabalhando com nomes de peso como Savatage, UDO, Circle II Circle, entre tantos. Recentemente passou pelo Brasil com a turnê da cantora Doro, no Monsters Of Rock de 2023.

A luta contra o alcoolismo e a superação

Bill contou que em determinada época de sua carreira, começou com abuso de álcool em suas turnês. Episódios de apagões e destruição de quartos de hotéis e ameaças que “se não parasse, seria retirado do ônibus e deixado no meio da estrada.” 

O músico começou a voltar a si, quando teve um episódio de apagão de seis dias, após o término de uma turnê. Ao voltar para casa em Los Angeles, sua esposa o expulsou, e ele foi para um hotel em frente a uma loja de bebidas alcoólicas. Bill relatou que a loja fechava por volta das 3 da madrugada e em um episódio de ressaca, acordou as 4 da madrugada. Como a loja estava fechada, e sem ter como comprar bebidas, resolveu usar a esteira do hotel para se exercitar. E pronto, uma nova porta começou a se abrir para o músico.

Como o álcool o estava deixando fora de forma, começou a perder algumas oportunidades de trabalho. Foi aí que resolveu iniciar firme nos exercícios físicos, aprimorar suas técnicas de guitarra e focar na carreira. A sobriedade trouxe um novo rumo de sucesso para o guitarrista. 

NorthTale e o sonho realizado

Depois de muitos anos trabalhando como músico contratado em várias bandas, o que lhe rendeu uma vida mais confortável, por volta de 2019, resolveu desengavetar seu antigo sonho: “ter uma banda de power metal, estilo Stratovarius e Angra”.

Então nasceu a banda NorthTale, um projeto que inicialmente era para ser solo, e ao final acabou tornando-se uma banda com a escolha correta dos músicos, principalmente com o vocalista brasileiro Guilherme Hirose, que conseguiu a interpretação necessária para as canções.

Recentemente a banda lançou o videoclipe ao vivo da canção “Shape Your Reality”,  e estão com turnê marcada para tocar em vários países, com início em 14 de março em Birmingham e finalizando no dia 13 de abril em Berlim. 

Bill ainda vai participar de alguns shows da rainha do metal Doro, que segundo ele, sempre apoiou sua própria banda e ajudou a divulgá-la. Por isso, Bill sempre entra no palco com a camiseta da NorthTale. Em suas palavras: “Doro foi a melhor chefe que já tive!”

Conselhos profissionais de Bill Hudson

Segundo ele, um profissional deve se preocupar tanto com seu talento quanto com a aparência: “Não precisa ser bonito, apenas se arrume para o palco, tenha o cuidado de parecer um profissional.”  

Finalizando a entrevista, ele aconselha: “Não fale mal de seus colegas músicos, as pessoas sempre lembram de quem falou e não de quem teve o nome citado”. 

E o mais importante: “Seja um profissional fácil de trabalhar, ninguém gosta de músicos temperamentais, as bandas querem vocês para promovê-los e não ao contrário, e nesse ponto, a técnica passa a não importar tanto.”

Confira a entrevista na íntegra:

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Via: WikiMetal