Bruce Dickinson relembra turnê com o Mötley Crüe

Bruce Dickinson refletiu sobre a cansativa jornada de turnês e como isso afeta a saúde mental. O vocalista sofreu muito com isso em meados dos anos 80, quando o Iron Maiden atingiu seu auge. Dessa forma, a vida artista ou banda pode dar muito certo, ou muito errado (via Consequence).

À Classic Rock, Bruce relembrou a sequência de shows que o Maiden fez com o Mötley Crüe durante a perna europeia da World Slavery Tour, que promoveu o álbum Powerslave (1984), onde foram realizados 189 shows entre 1984 e 1985, sendo assim, a maior excursão já feita pelos britânicos.

“Nós fizemos uma turnê com o Mötley Crüe. Completos desastres, muitos deles autoinduzidos. E eu pensava: ‘por favor, me diga que não vamos acabar assim!’” (via Music Radar).

Como era a rotina de shows nos anos 80?

Segundo o vocalista, o Maiden “trabalhava muito duro”, onde faziam cerca de oito shows em dez dias, durante um período de oito meses, e que portanto, após um ano “você tem que fazer tudo de novo”.

“E isso continua por cinco anos… Você está sob estresse constante todas as noites. Você está sofrendo de falta de sono e merda autoinduzida, seja correndo atrás de mulheres, seja por drogas, seja por álcool. E todo dia você simplesmente levanta e faz tudo de novo.”

“Você não é parte da sociedade normal. Transtorno de estresse pós-traumático, deslocamento – é efetivamente isso que você tem. E dependendo do seu tipo de personalidade, você lida com isso de maneiras diferentes. Steve (Harris, baixista) se tornou um recluso. Adrian (Smith, guitarrista) estava bebendo rumo a uma morte precoce. Eu estava ocupado transando com qualquer coisa que se movia. E nada disso era saudável.”

Esgrima foi essencial para Dickinson

Devido a rotina e os vícios, o vocalista decidiu voltar a praticar esgrima e fazer outras atividades não relacionadas com a música pois assim conseguia ocupar sua mente com outras coisas.

“Foi quando comecei a fazer atividades extracurriculares como esgrima. Estava pensando: ‘preciso fazer algo para manter meu cérebro limpo’”, disse ele que esteve olhando em volta de “nossos contemporâneos dos anos 80”.

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Vitor Melo

Fã de Rock, Indie e Heavy Metal, especialmente de Iron Maiden, banda que já viu 3 vezes, acompanha desde os 12 anos e sonha assistir um show em Londres. Possui formação em Mecatrônica, ama programar, mas sempre gostou de consumir conteúdos sobre música. É apaixonado por cachorros, especialmente buldogues, no qual sonha em ter um. Seus principais ídolos são Lewis Hamilton e Steve Harris.