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Carcass em São Paulo: Brutalidade em estado puro  

Wiki Metal 9 horas atrás


Carcass. Crédito: Jéssica Marinho

O show do Carcass no Carioca Club, em São Paulo, no último dia 15 de maio, foi uma verdadeira carnificina auditiva para os fãs de death metal. A banda britânica, icônica por suas letras gráficas e influências no grindcore, retornou ao Brasil com uma performance que misturou clássicos e faixas mais recentes, reforçando sua reputação como mestres do gênero.

Em plena quinta-feira, o evento atraiu um excelente público, que lotou o local para testemunhar o que se tornou uma noite inesquecível de brutalidade sonora. Com um setlist que navegou por diferentes eras da discografia da banda, o Carcass não decepcionou, entregando uma experiência intensa que mesclava precisão técnica com a brutalidade característica da banda.

Carcass causou grande impacto

A formação atual, composta por Jeff Walker (baixo e vocais), Bill Steer (guitarra), Daniel Wilding (bateria) e James Blackford (guitarra), abriu com “Unfit for Human Consumption”, causando um grande impacto de imediato. O riff inicial, cortante e preciso, ecoou pelo Carioca Club, fazendo o público abrir sua primeira roda em seus primeiros segundos.

Em seguida, “Buried Dreams” e “Kelly’s Meat Emporium” mantiveram o ritmo frenético, com Bill Steer e os outros membros da banda demonstrando uma química impecável. A performance foi marcada por uma produção de som impecável, que destacou os blast beats e os vocais guturais de Jeff Walker, criando uma atmosfera agressiva que transportou o público para o universo implacável das letras da banda. Foi evidente o quanto o Carcass domina o palco, mesmo após décadas de carreira.

À medida que o setlist avançava, a variedade das músicas adicionou camadas de interesse à apresentação. Faixas como “Incarnated Solvent Abuse” e “No Love Lost” trouxeram um grindcore mais cru e rápido, contrastando com a complexidade de “Tomorrow Belongs to Nobody / Death Certificate”. Aqui, o Carcass mostrou sua evolução musical, incorporando elementos técnicos que cativaram os fãs mais exigentes.

“Dance of Ixtab (Psychopomp & Circumstance March No. 1 in B)” foi um destaque, com sua estrutura mais elaborada e toques de experimentalismo, que não só animaram o público, mas também serviram como um respiro antes da avalanche de riffs pesados. O show fluiu de forma orgânica, mantendo a energia alta e demonstrando o porquê de a banda ser referência no metal extremo.

Uma masterclass de death metal

No coração do setlist, canções como “Black Star / Keep On Rotting in the Free World” e “Genital Grinder” elevaram a intensidade a níveis insanos. Essas faixas, carregadas de riffs pesados e solos precisos, incitaram o público a agitar nas rodas como se não houvesse amanhã. “Pyosisified (Rotten to the Gore)” e “Tools of the Trade” seguiram o mesmo caminho, com a banda interagindo mais diretamente com os fãs, incentivando mais mosh pits.

Foi impressionante ver como Steer e Walker mantiveram a precisão técnica mesmo em meio ao caos, provando que o Carcass não é apenas sobre barulho, mas sobre execução habilidosa. O Carioca Club vibrou com uma energia caótica, tornando o show um ritual do underground.

À medida que o set principal se aproximava do fim, com “The Scythe’s Remorseless Swing”, “316L Grade Surgical Steel” e “This Mortal Coil”, o público já estava exausto, mas extasiado. “Corporal Jigsore Quandary” fechou a parte principal com um clímax brutal, misturando velocidade e groove de forma magistral.

Nesse ponto, a banda demonstrava maturidade, equilibrando o legado dos anos 90 com elementos mais modernos, e o público retribuiu, ovacionando a banda. A equalização do som estava bem equilibrada – em transições rápidas, tudo estava muito nítido, permitindo o alto nível de interação da performance.

O encore foi o ponto alto que coroou a noite, começando com “Captive Bolt Pistol” e seguindo para “Ruptured in Purulence / Heartwork” e “Carneous Cacoffiny”. Essas faixas clássicas reacenderam a euforia, com o público cantando junto e o mosh pit voltando com força total. O Carcass encerrou de forma épica, deixando todos ansiando por mais.

Como resultado, o show no Carioca Club foi uma masterclass de death metal; pouca conversa e muita brutalidade comprovaram que a banda continua relevante e poderosa após mais de três décadas. Se você é fã do gênero, não perca a oportunidade de ver o Carcass ao vivo – é uma experiência que vai além da música, entrando no território do visceral e do inesquecível.

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Via: WikiMetal

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