A década de 1980 foi marcante de mil e uma maneiras diferentes, isso todo mundo que tem o mínimo de memória e gosto pelas luzes de neon sabe. Da criatividade musical até as loucuras que as bandas e os artistas faziam em cima e fora do palco, o período nos rendeu frutos artísticos, anedotas e histórias que servem de base para muitas coisas nos dias de hoje.
No Brasil, o fervo e as loucuras também corriam solto na vida noturna das grandes cidades, nas turnês das bandas/artistas solo e, claro, nos programas de auditório como Cassino do Chacrinha, Clube do Bolinha e muitos outros.
Tempos atrás, em conversa com o apresentador Rogério Vilela, do canal Inteligência Ltda, o cantor carioca Paulo Ricardo lembrou alguns momentos peculiares que viveu nos anos 80. Um deles foi quando o Cazuza, frontman do Barão Vermelho, ficou acanhado por uma mulher que comia repolho.
“No começo dos anos 80 era incrível, havia muita gente, muita casa noturna e muita coisa acontecendo. O Madame Satã, por exemplo, foi lá a primeira vez que vi o Cazuza acanhado. E ele era cara todo extrovertido e tal. Mas lá no Madame Satãn tinha uma jaula onde uma mulher ficava comendo repolho. Ela ficava no alto e comendo repolho durante a noite toda”.
O galã do rock nacional continuou: “De vez em quando ela também dava uns gritos e tal. Ela parecia aquelas mulheres de filmes de terror dos anos 1950, com roupas de onça. Era tipo a mulher de oito pés de altura. Era tipo a Monga. Era uma coisa assim”.
Ricardo completou: “Que nem no programa do Chacrinha! Você vai num lugar em que o apresentador é um senhor de sessenta e poucos anos vestido de noiva, você não é muito louco. Esquece! Pega uma senha. Você pode ser o Cazuza ou o Lobão, mas não é muito louco. Você não é mais louco que o Chacrinha e você não é mais louco do que a Mulher Repolho”.
Veja a entrevista na íntegra aqui:
Via: Rockbizz