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Conheça a história da banda mineira Máscara – do cover ao autoral

Wiki Metal 2 dias atrás


A trajetória da banda mineira de rock nacional Máscara começa com o baterista Welberty Ferraz, conhecido como Betinho, tocando ocasionalmente com uma banda de médicos.

Foi durante esses ensaios, acompanhando o seu marido e fazendo algumas participações, que Thaís Araújo, vocalista da Máscara, começou a se interessar pela formação de uma banda própria, passando a se aperfeiçoar tecnicamente. Foram 6 meses de aulas de canto com o professor OG Martins antes da formação do projeto, e, após assumir o front da Máscara, mais um ano de acompanhamento com a preparadora vocal Nina Guimarães.

A decisão de formar inicialmente uma banda cover de Pitty surgiu não apenas pela admiração mútua pela artista, uma das maiores representantes do rock brasileiro, mas também por Belo Horizonte, onde residiam, possuir um cenário consolidado no mercado de covers.

O que começou como um hobby ganhou novos rumos quando a prefeitura de Baldim (MG) os contratou para um show em praça pública. A responsabilidade do evento fez com que os integrantes enxergassem um potencial além dos ensaios despretensiosos, transformando o projeto em algo mais sério.

Identidade visual

Desde o início, Thaís e Betinho planejavam algo mais do que um projeto cover. Por isso, escolheram o nome Máscara — inspirado em uma música da Pitty —, que funcionava tanto para releituras quanto para um trabalho autoral.

A identidade visual não veio de forma orgânica. A logo foi criada por um designer profissional e o protótipo a pedido de Betinho seria uma máscara formada por parte de um crânio (que simboliza igualdade) e que o olhar trouxesse algo que remetesse à loucura. Ao passarem por uma loja de artigos de carnaval, encontraram uma máscara muito parecida com a logo e viram ali uma ideia. Nos shows, o acessório está sempre presente no pedestal do microfone, com Thaís cumprimentando o público usando a peça no final — um gesto que se tornou marca registrada do grupo. 

Com a presença do casal no circuito de motoclubes, sendo parte do movimento e tendo amizades do meio, a banda logo conquistou uma agenda cheia, tocando em eventos desta natureza por diversos lugares.

Thaís Araújo (Banda Máscara). Créditos: Divulgação

Integrantes e evolução

A formação da Máscara passou por mudanças. O primeiro baixista foi Alan Souza Silva, amigo de longa data de Betinho, natural de Bambuí (MG), cidade natal do casal e do músico. Na guitarra, entra Matheus “Matheuzim”, de Santa Luzia (MG), que também via a banda como um hobby.

Segundo Betinho, a princípio era tudo descontraído, mas o projeto foi ganhando seriedade. Com Alan e Matheuzim, a banda venceu o concurso do “34º Encontro Nacional de Motociclistas de Formiga (MG)”. O prêmio custeou a viagem, hospedagem e a produção do clipe da música autoral “Voz Sem Alma”.

Mudanças na formação

Alan deixou a banda após receber uma proposta de emprego fora de Belo Horizonte, o que inviabilizou sua permanência. Matheus, por sua vez, também seguiu outro caminho.

Na sequência, Yuri Aquiles assumiu o baixo e Bruno Motta ficou responsável pela guitarra por alguns meses, até o lançamento do primeiro single autoral da banda.

Recentemente, os fundadores Betinho e Thaís decidiram não contar mais com músicos fixos nos instrumentos de corda, optando por uma formação mais flexível para garantir maior liberdade de agenda.

Máscara não é mais cover de Pitty

Em 2024, a Máscara decidiu investir no próprio material. Betinho compôs o primeiro single, “Voz Sem Alma”, inspirado em temas como inteligência artificial (muito em alta em sua profissão e formação acadêmica) e teve também alguns insights vindos da série Black Mirror.

“Ao compor a letra, me veio muito a série Black Mirror, porém quis trazer pra um momento mais atual. Eu também não quis estabelecer um gênero feminino ou masculino — quem ouvir vai se identificar”, explica Betinho.

Lançada em 5 de março de 2025, a música foi produzida por André Mendonça (também produtor da banda de heavy metal Caóticca, de BH). O clipe, dirigido por Wally Guedes e lançado em 21 de março, traz um visual bem atual, representando o caos e o perigo da imersão tecnológica que muitos jovens e adultos vivem hoje em dia. A confusão sentimental entre o que é real e o que não é.

Próximos shows e planos futuros da banda Máscara

Em meio ao processo de criação que demanda bastante dedicação, a Máscara ainda abriu algumas datas em sua agenda, e seu show hoje é uma mescla de releituras de grandes sucessos que marcaram gerações com o repertório autoral, buscando arranjos modernos e investindo no trabalho audiovisual para expandir seu alcance. A banda já prepara o lançamento do seu segundo single, “Tanto Faz”, composto por Betinho e Thaís e prometem mais um tema forte, mantendo o estilo crítico e atual que marcou “Voz Sem Alma”.

  • 30/04: Bambuí (MG) – show com Biquini Cavadão
  • 17/05: São Mateus (ES) – apresentação com Lobão
  • 07/06: Nazareno (MG) 10º Encontro Nacional de Motociclistas
  • 21/06: Furquim (MG) – 19º Aniversário Divino Estradeiros

O objetivo é claro: romper fronteiras e conquistar novos públicos, levando o rock da Máscara para todo o Brasil.

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Brunno Salgado

Desde a infância, sempre fui um grande amante da música. Aos 13 anos,
tive meu primeiro contato com o Rock! Desde então, não importa onde
morei — seja no interior ou na capital —, sempre me envolvi ativamente
com a cena musical. Estou presente em shows e festivais sempre que
possível, em uma busca constante por novas experiências sonoras que
ampliem meu repertório e minha paixão pela música.





Via: Wiki Metal

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