Prestes a desembarcar no Brasil para a sua décima quinta visita, o Deep Purple é um dos baluartes do rock n’ roll que se mantém no mercado com a mesma postura íntegra de seus primórdios, ou seja, não se deixou iludir pelas facilidades tecnológicas que poderiam macular sua carreira.
Em entrevista ao jornalista André Barcinski, da Folha de São Paulo, os músicos falaram sobre a longevidade do grupo, faixa etária do público e sobre a sábia decisão de não ser submisso aos softwares que impõem uma perfeição falsa nas apresentações ao vivo.
“Faço shows desde meados dos anos 1960, estou na estrada há seis décadas e não sei viver de outra forma. Tocar ao vivo é o que me mantém feliz”, declarou o frontman Ian Gillan, que ostenta os seus 79 anos com muito orgulho.
Roger Glover (baixo – ex-Rainbow) aproveitou o espaço e pontuou que o perfil etário dos fãs tem diminuído nos últimos tempos.
“É incrível, mas percebemos que nossos fãs mais velhos, aqueles de rabo de cavalo grisalho (risos) têm ficado no fundo dos shows, enquanto uma turma mais nova de fãs se espreme na frente”.
“Talvez eles estejam querendo se certificar de que estamos tocando ao vivo de verdade, sem playback”, brincou o virtuoso baterista Ian Paice. “O que mais existe hoje é banda que toca ‘meio’ ao vivo”, lamentou Gillan.
“Com o Deep Purple, você pode estar certo de que tudo que sai das caixas de som foi feito ao vivo. Pode estar uma porcaria, mas não é playback”, finalizou o cantor.
O Deep Purple vai se apresentar no festival Best of Blues and Rock, no Parque Ibirapuera, São Paulo, em 15 de junho. Além dos grandes clássicos como Smoke on the Water, Perfect Strangers, Black Night, Lazy e Highway Star, o conjunto vai sacar sons de seu novo álbum,”=1″, que saiu em julho de 2024 pela earMUSIC.
Via: RockBizz