Texto por Marcelo Gomes
A festa de 35 anos da produtora TopLink foi um verdadeiro espetáculo que reuniu fãs, profissionais do meio e ícones da cena. O evento, realizado no tradicional Manifesto Bar, não apenas comemorou mais de três décadas da produtora, mas também celebrou a paixão pela música que une todos os presentes.
O esquenta começou com a banda da casa tocando de Metallica a Raimundos por uma hora, tempo suficiente para deixar os presentes prontos para o que viria a seguir. Um mestre de cerimônias anunciava as jams e chamava os convidados.
Festa da TopLink foi recheada de jams
A primeira foi com Luís Mariutti (Shaman, Angra, ShamAngra), Clemente (Inocentes, Plebe Rude) e o apresentador e youtuber Regis Tadeu na bateria para tocar “Até Quando Esperar” da Plebe Rude. Inusitado no mínimo, mas rolou legal. O metal chegou na próxima jam, agora com Felipe Machado (VIPER) na guitarra e Mayara Puertas (Torture Squad) detonando tudo nos vocais com dois clássicos do Black Sabbath: “Sabbath Bloody Sabbath” e “Children Of The Grave”. Com um time desses tocando Sabbath, não tem erro, não é?
O cantor Lobão veio a seguir, acompanhado por Marcelo Barbosa (Angra) na guitarra, para tocarem “Vida Bandida”. O solo ficou por conta do guitarrista do Angra, que arrebentou. E quem um dia imaginou Rafael Bittencourt (Angra) tocando “Revanche” com o Lobão? Aconteceu e foi sensacional. Fizeram uma versão incrível com vários improvisos do Rafael. Com o mesmo time, mandaram ainda “Vida Louca Vida”, clássico da parceria do Lobão com Cazuza. Era um hit atrás do outro e o público delirava. A despedida do Lobão foi em grande estilo e ao lado de Luís Carlini (Tutti Frutti). Acertou quem falou que iriam tocar “Ovelha Negra”, a canção possui um dos solos mais icônicos do rock brasileiro e foi executado com paixão pelo seu criador. Definitivamente, um dos momentos altos da festa.
O clima da festa foi de celebração e nostalgia, com performances ao vivo que deixaram todos extasiados. Nessa atmosfera despretensiosa, uma das interações entre os músicos que mais chamou a atenção foi quando um integrante da equipe da TopLink subiu para cantar “Rebel Yell” ao lado de Baffo Neto (Project46) e Amilcar Christófaro (Torture Squad). Era Renato Carvalho (produtor) nos vocais, quebrando tudo nesse cover incrível. Impressionante a semelhança da voz.
De Billy Idol a Queensrÿche, de Scorpions a Rita Lee, covers surpreendentes!
Descaracterizado, Bruno Sutter (Massacration) assumiu o baixo em mais dois covers do Sabbath. Dessa vez, escolheram “NIB” e “War Pigs”. E não é que o Bruno segurou bem as linhas de baixo? Só esse tipo de evento para proporcionar esse tipo de coisa que dificilmente se repetirá. Agora, quem imaginaria Regis Tadeu tocando com o Massacration? Foi o que aconteceu na sequência e a galera pirou com “Metal Bucetation” e “Metal Is The Law”. Nem nos meus devaneios mais loucos eu conseguiria pensar numa junção dessas.
As últimas jams da noite foram com Marcelo Barbosa e Fabio Lione (Angra) tocando “Silent Lucidity” do Queensrÿche e Yohan Kisser (guitarra) com Lione fazendo “Big City Nights” do Scorpions. Depois disso, o Matanza Ritual fez uma homenagem ao Motörhead com “Ace Of Spades”, o Pavilhão 9 tocou “Killing In The Name” do Rage Against The Machine, e o Torture Squad fechou com “Tie Your Mother Down”, encerrando a festa com chave de ouro.
Em suma, a festa de 35 anos da TopLink não foi apenas um marco para a produtora, mas uma verdadeira homenagem à música que continua a inspirar e unir pessoas. Foram mais de 3 horas de apresentação com encontros inimagináveis que solidificaram ainda mais o legado da TopLink na história do entretenimento musical.
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Via: Wiki Metal