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Entrevista The Adicts: Pete Dee Davison fala sobre tocar no Coachella

Wiki Metal 2 meses atrás


Um dos pontos fortes do famoso festival Coachella, que acontece anualmente em Indio, na Califórnia, é o que podemos chamar de ecletismo do line up. Claro que a escalação das bandas vai sempre agradar mais a alguns e menos a outros, mas é inegável que, apesar de uma cara mais pop de forma geral, tem um pouco de tudo ali. De reggaeton a rap, de funk a folk, rock, indie, e por aí vai.

E nesse espírito eclético, quem também teve a chance de se deleitar nos dois sábados do festival, mesmos dias em que Tyler, The Creator era o headliner, foram os fãs de punk rock clássico. Tocando pela primeira vez no Festival, a lendária banda de Ipswich, Inglaterra, The Adicts, formada em 1975, tomou conta do palco Sonora, um pavilhão fechado e escuro, perfeito para os shows com uma vocação mais “underground” por assim dizer. Pra se ter uma ideia, foi nesse mesmo palco que vimos Amyl and The Sniffers e Viagra Boys em 2022.

Além da teatralidade, uma marca da banda (a começar pelo visual inspirado nos Droogs do filme Laranja Mecânica), The Adicts trouxe um execução precisa e cheia de enrgia de vários clássicos acumulados em quase 50 anos desde a fundação do grupo, e pareciam mesmo estar em êxtase ao final da sua segunda e última apresentação no Coachella, que foi a que assistimos bem de perto.

Teve roda punk, stage dive, muitos bolões (ou seria balões?) de plástico chovendo na galera, e o carismático frontman Keith “Monkey” Warren, descendo do palco ao final do show pra confraternizar com os mais emocionados.

Pete Dee Davison, fundador, membro original e guitarrista da banda respondeu algumas perguntas para a gente com exclusividade. Segue aqui nossa pequena entrevista:

Wikimetal: Pete, por favor, nos conte como foi sua a sua experiência no Coachella este ano.

Pete Dee Davison: Nunca tínhamos tocado no Coachella antes. E foi bastante impressionante. Nossos shows foram ótimos e o público estava arrasando! Consegui ver algumas ótimas bandas tocarem.

WM: Vocês percorreram um longo caminho como banda. Você tem uma abordagem diferente em relação à música e performance hoje, comparado com quando a banda começou, nos anos 70?

PDD: Tenho certeza de que é um pouco diferente devido ao tempo e ao progresso. Ainda me sinto da mesma forma que antes. A única diferença é que hoje em dia consigo tocar guitarra e cantar muito melhor.

WM: Onde você prefere tocar: clubes menores ou grandes festivais? Por quê?

PDD: Não faz diferença para mim, ambos são igualmente relevantes e importantes.

WM: Como vocês, como artistas, equilibram o desejo de criar algo pelo qual sejam apaixonados e a necessidade de construir um público?

PDD: Pergunta interessante. Mas isso nunca foi um problema ou esteve na nossa agenda. Nós apenas fazemos o que vem naturalmente e seguimos a partir daí.

WM: Você tem músicas ou artistas do Brasil que você admira ou conhece?

PDD: O meu bom amigo Supla é do Brasil e me mantém atualizado sobre a cena rock brasileira. Ótima música e cultura. Nós adoramos!

WM: O que está na sua agenda criativa para o futuro próximo? Que tipo de assuntos ou projetos você planeja abordar?

PDD: Atualmente eu ando cheio de opiniões sobre política, então devo ficar longe disso por um tempo. É uma área feia… Estou mais preocupado com a saúde do planeta. Então farei a minha parte para tentar ajudar… quem sabe eu invente uma cura para a estupidez… haha

WM: Algum plano de fazer uma turnê pela América do Sul? Brasil?

PDD: Já nos pediram para voltar e é uma possibilidade. Nós adoraríamos…



Via: Wiki Metal