Sean Ono Lennon, filho do lendário beatle John Lennon e da artista plástica Yoko Ono, falou sobre o relacionamento de seus pais em entrevista à PEOPLE Magazine. Publicada na última quinta-feira, 28, a conversa ocorreu no contexto do lançamento de um box set do álbum Mind Games, de 1973.
“Meu pai declarou ao mundo que ‘John e Yoko’ eram uma palavra só. Acho que ele sempre teve seu coração voltado para ela. Ele era muito apaixonado por ela. Eles tinham um amor lendário e acho que esse álbum está impregnado desse amor. Você pode ouvir isso”, disse Sean.
Além disso, o músico comentou sobre as diferenças entre Mind Games e o álbum anterior, Some Time in New York City. Segundo Sean, o disco de 1972 era “cheio de ativismo” e não foi bem recebido pelo público, o que acabou levando John a retomar a criação de “músicas que as pessoas queriam ouvir”.
“Esse disco representa meus pais se afastando um pouco do ativismo radical. Acho que eles sentiram que não queriam mais estar naquele mundo. Eles perceberam que não era um caminho divertido para eles e, por isso, quiseram fazer música que atacasse menos diretamente o establishment e se concentrasse mais na paz e no amor novamente. Mind Games é o meu pai voltando a fazer música como uma forma de arte elevada, em vez de apenas uma expressão documental de suas ideias radicais da época”, contou.
Época de perseguição política
Sean Ono Lennon também destacou a perseguição política enfrentada por seus pais durante a criação do álbum. Ambos adotaram uma postura firme contra a Guerra do Vietnã, o que, como consequência, os colocou na mira do então presidente Richard Nixon.
Documentos divulgados em 2006 revelam que o governo de Nixon conspirava para prender Lennon na época, utilizando falsas acusações de porte de drogas. “O FBI os estava seguindo e grampeando seus telefones […] Nixon estava tentando deportá-los. Foi realmente aterrorizante”, relatou Sean à PEOPLE.
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Via: Wiki Metal