Menu

Massacration e Matanza Ritual quebram tudo em show em Porto Alegre

Wiki Metal 8 meses atrás


Texto por Patrícia C. Figueiredo 

Dois grandes nomes do metal nacional estão atualmente em turnê conjunta pelo Brasil: Massacration e Matanza Ritual uniram forças para a turnê Mata e Amassa que passou por Porto Alegre no último domingo, 03. A fila gigantesca no URB Stage já entregava que a noite prometia ser pura pancadaria. Apesar de o local não ser muito conhecido pelos fãs de heavy metal da cidade, a estrutura não deixou a desejar e comportou confortavelmente o público, que quase lotou a casa em poucos minutos.

De início, o público foi surpreendido por uma breve performance de comédia com uma atmosfera de canal de TV aberta dos anos 2000, em que um apresentador anunciou o atraso do Massacration e trouxe ao palco um suposto artista internacional de música eletrônica para uma entreter os fãs, e que foi interrompido com uma pancada de Joselito, que simplesmente apareceu do nada e foi ovacionado pelos fãs da série Hermes e Renato.

Em seguida, o Massacration toma o palco com “Metal is Law” e, instantaneamente, leva o público à loucura. O vocalista Detonator não perde a pose e impressiona os fãs com seus agudos precisos. Durante o início do show, ele não deixou de alfinetar seus rivais de turnê ao chamar o Matanza Ritual de banda iniciante que faz músicas sobre “briguinhas no bar”.

Apesar do seu histórico humorístico, é fácil ver o Massacration como uma banda real que faz um heavy metal tradicional de alta qualidade. São as diferentes dinâmicas do show que tornam a performance mais engraçada, como o Michael Jackson que sobe ao palco durante “Metal Milkshake”, e a participação de Max Caralheira em “The Mummy”, com uma digníssima coreografia de dança egípcia entre o guitarrista e Detonator.

O show ainda contou com piadas internas, quando o guitarrista Headmaster aparece no palco dizendo ter se atrasado por ter ido almoçar em uma famosa casa de entretenimento adulto da cidade. E ainda teve distribuição de linguiça assada no espeto ao som de “Feel The Fire… From Barbecue”. Foram em alguns momentos assim que pudemos ver o semblante de Bruno Sutter rindo do próprio Detonator e dos seus colegas, às vezes até sem conseguir cantar.

Piadas à parte, mas nem tanto, o Massacration anunciou que irá começar as gravações de seu novo disco Metal Is My Life na próxima semana. O disco também dá nome ao mais recente single da banda, que durante o show, gerou polêmica ao afirmar que metal é melhor que sexo, levando os músicos a deixarem o palco, e o público a vaiar Detonator.

Para o bis, a banda trouxe o guitarrista Defecator, interpretado por Fredi Chernobyl. Juntos, tocaram as consagradas “Evil Papagali”, “Metal Massacre Attack” e “Metal Bucetation”. Foi uma trinca que deixou os fãs extasiados em um show que entreteu todos do início ao fim.

Foi então a vez do Matanza Ritual fazer os fãs pularem e formarem novos moshes ao abrir o seu set com “O Chamado do Bar”, “Meio Psicopata” e “Remédios Demais”, emendadas umas nas outras. O público não se segurou e foi ao delírio.

Sem parar por muito tempo e mantendo a esportiva da turnê, Jimmy London não deixou de retaliar o Massacration ao chamar a banda de amadora e falsa representante do verdadeiro heavy metal. O vocalista convocou todos a não cederem a esse tipo de farsa e ainda aproveitou a oportunidade para zombar do timbre de voz de Detonator.

Com cerca de trinta minutos de show, o Matanza Ritual já tinha apresentado cerca de dez músicas, incluindo “A Arte do Insulto”, “Bom É Quando Faz Mal” e “Carvão, Enxofre e Salitre”, e a cada som, o público se animava mais e não deixava de cantar junto e pular muito. Jimmy London interagia com o público através de dancinhas e deixava a multidão cantar trechos em coro, mas evitou quaisquer delongas entre as músicas e focou em não deixar a energia cair. Até mesmo os solos de Amílcar Cristófaro (bateria), Felipe Andreoli (baixo) e Antonio Araújo (guitarra) fizeram a galera vibrar loucamente.

Para fechar o show, mais alguns clássicos: “Clube dos Canalhas”, “Pé Na Porta Soco Na Cara”, “Tempo Ruim” e claro, “Ela Roubou Meu Caminhão”. Após um set com vinte e cinco músicas no total e com moshes ocupando quase metade da pista comum, o Matanza Ritual agitou a noite com fervor, sem decepcionar nem deixar nada a desejar.



Via: Wiki Metal

– Advertisement –
(function(w,q){w[q]=w[q]||[];w[q].push(["_mgc.load"])})(window,"_mgq");