Menu

Matanza Ritual e Massacration aquecem o coração e a alma dos curitibanos

Wiki Metal 4 meses atrás


Matanza Ritual e Massacration

O show da nova turnê de Matanza Ritual e Massacration aconteceu na lindíssima Ópera de Arame, na cidade de Curitiba, no sábado dia 2 de março de 2024. A estrutura arquitetônica situa-se em meio a natureza e possui acesso por uma ponte, o que às vezes dificulta a entrada do público, visto que muitos param para tirar fotos antes de dirigir-se ao espaço do show. Mas a equipe da organização era excelente e conseguiram contornar bem o problema.

A abertura dos shows ficou por conta dos curitibanos do Steal This Band, banda formada em 2019, com Yuri Al’Hanati nos vocais, Ryan Augusto na guitarra, o baixista Felipe “Greengo” Gusinski e o baterista Nicholas Pedroso.

 A formação da banda, segundo eles: “Teve o intuito de reproduzir com fidelidade a atmosfera de peso, sonho e loucura dos californianos do System of a Down”. E deram conta do recado, já começaram com uma pegada mais forte, com “Holy Mountains”, e logo após veio “Chop Suey”, e a pista começou a encher.

A banda realmente teve muito jogo de cintura e simpatia, lá pelas tantas soltou a música “Toxicity”, e outros hits é claro, seria impossível não se animar com essas músicas sendo executadas de forma tão enérgica. Muito simpáticos, agradeceram ao público e finalizaram sua apresentação para dar lugar a montagem do palco para a próxima banda. 

Durante o intervalo, o som eletrônico ficou por conta de canções lideradas por mulheres, como Within Temptation, Nightwish, entre outras.

Matanza Ritual, o show que desejamos que nunca termine

Já passava um pouco das 20:30, quando Jimmy London comandando o Matanza Ritual entrou no palco. A casa estava quase cheia, mas por tratar-se de local com cadeiras, fica mais fácil organizar a plateia, o local também contava com camarotes estilo ópera muito confortáveis, o que deixa o local esteticamente perfeito para apresentações. A emoção e ansiedade de todos era visível, principalmente por poder conferir tão de perto, a galera do Matanza Ritual, a plateia gritava em uníssono: “Ei, Jimmy! Vai tomar no c*”, uma espécie de grito de guerra, presente em todos os shows da banda. 

Na sequência, mandaram a clássica ”Chamado do Bar”, seguida de “Meio Psicopata” e “A Arte do Insulto”. Com isto podemos perceber que a qualidade do som melhorou, e também o entrosamento dos membros da banda, que contava com Antônio Araújo (Korsus) nas guitarras, dando um show a parte, Felipe Andreoli (Angra) no baixo, e Amílcar Christófaro (Torture Squad) na bateria, e lógico, o grande Jimmy London nos vocais, que adora fazer provocações divertidas ao público, gerando uma melhor resposta de sua plateia.

Rolou “Não Gosto de Ninguém”, “Último Bar” e a balada “Tempo Ruim”. Por volta de 22:03,  já no final da apresentação, o vocalista tira a camisa, para ficar mais à vontade e solta a voz com mais clássicos, “Mulher Diabo”, “Mesa de Bar” e,  já com a camisa de volta, provoca o público “Vamos gritar Curitiba! Fazemos parte do Clube dos …” e faz piadas para agitar o público, provocando o Massacration, e emenda “Clube dos Canalhas”. Com músicas e riffs bem compostos e dinâmicos, o Matanza acaba contagiando qualquer pessoa, e definitivamente, não vemos a hora passar e assim, sem todos perceberem, o show acabou com “Ressaca Sem Fim.”

O heavy metal com muito humor e qualidade do Massacration

O Massacration já faz parte do hall da fama do metal nacional, e mesmo após dois shows o público ainda estava animadíssimo para receber a banda, que obviamente fez uma espécie de teatro para gerar um suspense cômico e também alguns comentários sobre o público curitibano, que costuma ser mais indiferente e não tão animado como em outras cidades, “Vamos lá Curitiba! Quem quer metal?” Então foi anunciado uma atração internacional, que interpretava Nickelback e Creed para entreter a plateia, e eis que surge Bruno Sutter, parecendo integrante de uma boyband e cantando música eletrônica, surpreendendo a todos, foram risos generalizados naquela noite inesquecível. 

Mas passando ao que interessa, o show aconteceu com uma qualidade de som muito boa, luzes também, os integrantes da banda devidamente trajados estilo heavy metal dos anos 80 e 90. Iniciaram com força total com “The God Master”, na sequência “Metal is The Law”, a voz de Sutter está perfeita e também a dinâmica dos integrantes ao ocupar o palco todo, foi muito bem pensada. No Ssetlist, não faltaram “Metal Milkshake” e a nova “Metal Warferas”, lançada em dezembro de 2023.

Após muitas piadas e interações com o público, chegou a vez de “Feel The Fire From Barbecue”, com direito a espetinho de verdade oferecido à plateia. Incrível a qualidade técnica da banda e seu talento para unir metal pesado com humor de ponta.

Ao final surgiram as “Let ́s Ride To Metal Land” com muita interpretação de Sutter com o público, e a muito bem executada e “Metal Is My Life”, e após famosa pausa para o Bis, vieram: “Evil Papagalli”; “Metal Bucetation” e “Aruê Aruô Dance”. 

Exatamente a meia noite e oito minutos, a noite encerrou com os agradecimentos da banda e os curitibanos voltaram para casa de “alma lavada” pelo maravilhoso espetáculo apresentado e especialmente em um local tão lindo e de ótima acústica, não foi por acaso que o Angra escolheu o lugar para a gravação de seu DVD acústico, em agosto de 2023.

LEIA TAMBÉM: Matanza Ritual e Massacration anunciam primeiras datas de turnê em 2024



Via: WikiMetal