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Paul McCartney: uma aula da história do rock em São Paulo

Wiki Metal 5 meses atrás


Texto por Marcelo Gomes

Em menos de um ano, Paul McCartney retornou a São Paulo para dois shows esgotados no Allianz Parque. Coincidência ou não, a primeira data, 15 de outubro, foi o Dia dos Professores no Brasil; nada mais apropriado do que uma aula de história do rock para mais de 40 mil pessoas com um ex-Beatle.

O show de Paul McCartney em São Paulo foi um espetáculo que transcendeu gerações, com um setlist cuidadosamente escolhido para celebrar tanto sua carreira solo quanto os icônicos hits dos Beatles. Abrindo com “A Hard Day’s Night”, o público foi imediatamente transportado à era de ouro da banda. A energia permaneceu em alta com faixas como “Junior’s Farm” e “Letting Go”, esta última com alguns de seus músicos tocando no meio da arquibancada.

O simpático Paul lançou um “O Pai Tá On” antes de tocar “Come On To Me”, e nem precisa dizer que o estádio veio abaixo. Ao final, ainda tirou seu terno, gerando completa histeria. Em seguida, veio “Let Me Roll It”, do Wings, com uma pequena homenagem a Jimi Hendrix, tocando “Foxy Lady”.

Um dos momentos mais emocionantes foi quando Paul dedicou, em português, “My Valentine” à sua amada esposa, Nancy Shevell, presente na plateia. A canção trouxe uma atmosfera romântica ao show, demonstrando o lado mais pessoal e carinhoso de McCartney. Em seguida, músicas como “Maybe I’m Amazed” e “I’ve Just Seen a Face” mostraram toda a sensibilidade do músico ao piano e ao violão, destacando sua habilidade única de conectar-se profundamente com os fãs.

A inclusão de “In Spite of All the Danger”, um dos primeiros lançamentos de sua banda inicial, The Quarrymen, foi uma grata surpresa para os fãs mais assíduos. Já “Something”, dedicada a George Harrison, trouxe um tom mais emotivo, com Paul tocando o ukulele, homenageando o amigo e companheiro de banda com um arranjo delicado e tocante.

Em “Dance Tonight”, o baterista Abe Laboriel esbanjou simpatia e roubou a cena, fazendo dancinhas hilárias que encantaram o público a cada movimento. Do alto de uma plataforma, com seu violão, Paul apresentou “Blackbird”, transformando o estádio em um ambiente íntimo, com todos cantando.

A emocionante “Now And Then” foi muito celebrada pelos fãs; raramente tocada ao vivo, a faixa ganhou uma carga extra de emoção com imagens de seus ex-colegas dos Beatles sendo projetadas nos telões. Em “Lady Madonna”, houve um tributo às mulheres que se destacaram em suas áreas, incluindo atletas e astronautas.

E por falar em aula, o bloco final foi uma verdadeira viagem pela história do rock. Paul como autêntico mestre, desfilou clássicos que foram desde “Something”, passando por “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, que colocou o público para dançar, até “Band On the Run”, ”Get Back” e “Let It Be”, que pôs os alunos a prova na hora de cantar, e tudo isso iluminado por um mar de celulares. Resultado; todos aprovados com louvor.

O ápice do show ficou para as músicas mais explosivas: “Live and Let Die” trouxe uma produção cheia de pirotecnia que arrancou gritos do público, enquanto “Hey Jude” uniu a multidão em um coro inesquecível. O bis foi outro destaque, com a participação especial de John Lennon em uma versão virtual de “I’ve Got a Feeling”, criando um momento comovente de nostalgia e celebração dos Beatles.

Para encerrar, Paul entregou um medley impressionante de “Golden Slumbers”, “Carry That Weight” e “The End”, terminando a aula com um toque de classe e uma despedida digna de um mestre da música. O show foi uma verdadeira celebração de décadas de música, reafirmando Paul McCartney como um dos maiores artistas de todos os tempos. 

Redação

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Via: Wiki Metal

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