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Punk is Coming: Confira os shows de Amyl and the Sniffers, The Warning, The Damned, Rise Against e Sublime

Wiki Metal 6 horas atrás


Em 8 de março de 2025, o Allianz Parque, em São Paulo foi palco do Punk is Coming – mini festival encabeçado pelo The Offspring e que trouxe como atrações diversos nomes de diferentes vertentes e gerações do rock.

Confira abaixo como foi a cobertura das demais bandas que se apresentaram no evento.

Amyl and the Sniffers no Punk is Coming

Pontualmente às 14h, o quarteto abriu os trabalhos no Allianz Parque.

Ao som da rápida “Security”, a banda levantou o público já presente no estádio. Por mais que a pista e os anéis superior e inferior ainda estivessem relativamente vazios.

Na primeira pausa, a vocalista Amy Taylor agradeceu o público por chegaram cedo e prestigiarem sua banda – que é originária do sul da Austrália.

O set em sua maioria focou nas faixas do álbum mais recente, Cartoon Darkness. “Chewing Gun”, “Tiny Bikini e “Doing In My Head”.

Mas hits como “GFY”, “Guided By Angels” e ” Some Mutts (Can’t Be Muzzled)” também figuraram no set.

Na balada “Big Dreams”, Amy disse que “iriam diminuir o ritmo um pouco”. No início de “U Should Be Not Doing That”, a vocalista desceu para a grade, onde cantou os primeiros versos com os fãs que estavam lá.

Antes do hit “Jerkin”, Taylor perguntou por onde estavam as mulheres e dedicou a faixa a elas. A cantora também mostrou o dedo do meio a Donald Trump, Elon Musk, Javier Milei e Vladimir Putin.

“Hertz” foi a responsável por fechar a apresentação da banda. Os australianos provam ser um dos melhores nomes do punk na nova geração. Show direto e reto com músicos excelentes.

Amy Taylor é uma excelente frontwoman. Se movimenta muito no palco, e se apresentar em uma data como o Dia Internacional da Mulher é uma demonstração que as mulheres podem e devem estar aonde sempre sonham.

The Warning no Punk is Coming

O trio mexicano composto pelas irmãs Villarreal foi uma das atrações mais esperadas desde seu anúncio – senão a principal para muitos, uma vez que houve uma presença muito grande do fã clube do grupo.

A banda já teve passagens pela América do Sul, mas finalmente fez sua estreia no Brasil.

Antes do início da apresentação, o público ergueu balões com o raio, logotipo do The Warning, junto aos gritos de “Olê, Olê, Olê, Warning, Warning”. O fã clube do trio no país esteve presente em peso e elaborou essa dinâmica.

Ao iniciar o set com “S!CK”, os fãs foram a loucura e cantaram verso por verso da música.

Na sequência veio “Z” faixa do disco Error (2022). Seguida por “Que Más Quieres”, “Satisfied”, “MORE” e “Sharks” que são faixas do álbum Keep Me Fed, álbum mais recente das Wawas.

Em “Disciple”, a vocalista e guitarrista Daniela fez a introdução de suas irmãs, Alejandra (baixo) e Paulina (bateria e vocal). Arriscando algumas palavras em português, Dany disse que elas “eram uma banda do México e que estavam muito emocionadas em finalmente estar no Brasil”.

Os ótimos singles do novo álbum, “Hell You Call A Dream” e “Automatic Sun” também marcaram presença e empolgaram bastante.

Animação total no show das irmãs mexicanas

Na final, o trio veio com a rápida “Evolve” e aos gritos de “mais um” encerrou sua apresentação com Dull Knives(Cut Better)”

Ao contrário da primeira apresentação, o público esteve mais animado. Devido a grande quantidade de jovens presentes no público, ficou claro que The Warning tem demanda para shows solo por aqui.

Um ponto a ser observado é que após o show, muitos fãs deixaram o local, uma vez que a maioria veio apenas pela vê-las. Pela sonoridade da banda, elas não são voltadas ao punk, mas sim ao hard rock e até mesmo metal.

Paulina é certamente um destaque. A sua versatilidade em cantar e tocar bateria com bastante força, chama a atenção. Ale tem um timbre de baixo impecável sendo a mais reservada das 3. Dany é a mais falante, além de entregar simpatia e presença de palco e em seus discursos, trocando entre o inglês e o espanhol.

Muitos dizem que o “rock está morto”, mas Ale, Dany e Pau vem mostrando que não. O Rock apenas está se renovando e elas tem tudo pra se tornarem grandes expoentes desse novo ciclo.

The Damned no Punk is Coming

Os veteranos do punk inglês tiveram uma recepção mista do público presente no Punk is Coming – dado que apenas fãs de longa data da banda sabiam as músicas.

O vocalista Dave Vanian e o guitarrista Captain Sensible por mais que tentassem interagir, a resposta era bem morna.

Mesmo assim, a banda fez uma apresentação boa, mas que funcionaria melhor em um show solo, como na noite anterior, no Cine Jóia.

O som da bateria estava alto enquanto o teclado e voz de Vanian baixos durante o set. Clássicos como “Love Song”, “Neat Neat Neat”, “Ignite”, e “Noise Noise Noise” marcaram presença.

“Fan Club”, foi dedicada a Brian James – guitarrista original da banda, que faleceu na última quinta, 6 de março. James integrou o grupo entre 1976 e 1978.

Na clássica “New Rose”, a imagem de James foi mostrada no telão.

“Smash It Up (Part 1 & 2)”, deu fim a apresentação – que tinha tudo para ser uma das melhores, dada a importância da banda, amplamente citada como umas das referências do The Offspring, mas acabou sem a reação merecida.

Rise Against no Punk is Coming

A apresentação da banda de hardcore oriunda de Chicago começou com o céu ainda claro.

Nos últimos anos, o Rise Against veio em sua maioria das vezes, realizar apresentações em festivais. Em 2023, a banda havia feito um side show em São Paulo antes do Lollapalooza.

O set teve início com “Re-Education (Through-Labor)”, que logo seguiu com “The Violence” e “Give It All” que são outros clássicos do grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Tim McIlrath.

Em determinado momento, Tim saudou as bandas The Warning e Amyl And The Sniffers, dizendo que “o futuro do rock estava bem representado”. The Damned também foi citada.

O novo single “Nod” também marcou presença, bem como “Ready to Fall” e “Prayer Of The Refugee” – onde aconteceu um dos moshs pits mais insanos da apresentação – em dado momento do show, um fã se machucou e McIlrath pediu o apoio do público para ajudar, e aguardou ele receber atendimento.

Para acalmar um pouco, veio a acústica “Swing Life Away”, cantada apenas com voz e violão. Assim como a banda anterior, o quarteto estava com dificuldades no som – no caso do Rise, o baixo de Joe Principe estava bem alto e voz de Tim baixa, só sendo possível ouvi-la com nitidez na faixa acústica.

Já sem sol no Allianz, o Rise Against executou “Make It Stop (September’s Children) e encerrou com “Savior”, que é favorita de muitos fãs.

No geral, foi uma excelente apresentação de uma banda cultuada por fãs da série de jogos do lendário skatista Tony Hawk. Além de ser uma das mais enérgicas, com os já citados e esperados mosh pits.

Sublime no Punk is Coming

A penúltima atração subiu ao palco com um jovem guitarrista se dirigindo ao microfone e dizendo “Meu nome é Jakob Nowell e esse é o Sublime“. Jakob é filho de Bradley Nowell, vocalista original da banda, que faleceu em 1996. “Garden Grove” abriu o set.

Ao apresentar o grupo, o vocalista se referiu a Eric Wilson (baixo) e Bud Gaugh (bateria) como seus “tios”. Ambos formam a “cozinha” da banda que sempre arranca elogios dos fãs.

Mesclando ska, reggae e punk, faixas conhecidas como “Pawn Shop”, “Greatest-Hits”, “Wrong Way” e “April 29, 1992 (Miami)” também figuraram no show.

O público reconheceu com facilidade “Doin’ Time” por sua relevância ou ainda pela versão lançada pela cantora Lana Del Rey“.

Homenagem do filho de Bradley Nowell

No hit “What I Got”, Jakob chamou “um velho conhecido dos fãs”, Noodles. O guitarrista do The Offspring assumiu o instrumento enquanto Nowell cantava a faixa. Ao final, o telão exibiu uma foto dele ainda bebê ao lado de seu pai.

Jakob também executou algumas canções com voz e guitarra, e na sequência, a banda. emendou “Date Rape”.

Perto do fim do show, veio “Same in the End” e o maior hit deles, “Santeria” fechou a apresentação.

Por boa parte da apresentação, os californianos também tiveram problemas com som – os relatos em sua maioria vieram de quem estava nas cadeiras superiores do estádio. O som foi melhorando ao longo da performance.

Wilson e Gaugh já tinham passagens pelo Brasil com o Sublime With Rome, que era liderado pelo vocalista Rome Ramirez. Agora Jakob tem uma chance de carregar o legado de seu pai, o grupo ganha energia para uma nova fase – inclusive um novo álbum de inéditas após 28 anos é esperado para 2025.

Nossa colaboradora Jéssica Marinho também esteve presente e registrou tudo em fotos exclusivas. Confira a nossa galeria abaixo:

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Vitor Melo

Fã de Rock e principalmente Heavy Metal, gosta de nomes como Judas Priest, Black Sabbath e em especial Iron Maiden, banda que já viu 3 vezes, acompanha desde os 12 anos e sonha assistir um show em Londres. Seu primeiro contato com a música pesada veio ao jogar Guitar Hero e de lá nunca mais parou. Sempre gostou de escrever e agora redige matérias e resenhas sobre uma de suas maiores paixões, a música. Dentro do meio, tem Steve Harris, Bruce Dickinson, Rob Halford e Ozzy Osbourne como suas referências



Via: Wiki Metal

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