Skid Row: álbum de estreia é uma perfeita amostra de um bom e clássico hard rock

Skid Row é uma das bandas mais clássicas da história do hard rock/glam metal, unindo bons músicos que construíram álbuns que são uma referência dentro do gênero. Seu primeiro trabalho, e o melhor de toda a discografia da banda, leva o mesmo nome do grupo.

Lançado em 1989, Skid Row é um clássico absoluto do rock, com músicas marcantes e que fizeram história. Formado por Sebastian Bach nos vocais, Rachel Bolan no baixo, Dave Sabo e Scotti Hill nas guitarras e Rob Affuso na bateria, o álbum traz onze músicas e trinta e nove minutos de duração.

Apesar de ser o tempo “comum” de álbuns, especialmente para a época, a sensação que Skid Row traz, é de um álbum curto, talvez pelas poucas baladas e alta velocidade no restante das faixas.

“Big Guns” dá início à Skid Row. Uma música animada, é um clássico exemplo de um bom hard rock em sua forma mais evidente, com um refrão viciante que gruda à mente, além de um ótimo solo de guitarra e Sebastian Bach fazendo sua característica performance rasgada que tanto consagrou o grupo.

Com uma bateria marcante, “Sweet Little Sister” dá sequência ao registro. Um detalhe interessante e que agrega à faixa, é o fato que o nome da música, em algumas partes do refrão, é cantada pelo backing vocals, em vocais que contrastam, de certa forma, com os de Bach, já que são mais lisos e concisos.

Seguindo o ritmo mais acelerado que as primeiras faixas do registro tem, “Can’t Stand The Heartache” continua na mesma linha. 

A primeira coisa que chama atenção em “Piece Of Me”, é a linha introdutória de baixo, realizada por Rachel Bolan. A música soa mais como um acréscimo ao álbum do que como uma faixa essencial do disco.

“18 And Life” é uma das músicas mais famosas de toda a carreira do Skid Row — e não é para menos. Os vocais complementam perfeitamente o instrumental, em uma faixa muito potente e melódica, que traz, também, um grande solo.

A música se inicia com baixo e bateria, um completando o outro, com alguns toques de guitarra e, então, um grito de Bach. Ela está entre as melhores de Skid Row, trazendo, mais uma vez, a ótima participação de Bolan.

Sem qualquer dúvida, “Youth Gone Wild” não apenas é a melhor música do álbum, como também uma das melhores de toda a discografia do Skid Row — se não a melhor.

Essa é uma daquelas que empolga a qualquer um que ouvir. Com instrumental e vocais afiados, ela leva o ouvinte a querer gritar o refrão junto a banda — em especial, quando Bach é acompanhado apenas por Affuso, na bateria.

Mantendo o alto nível, “Here I Am” vem em sequência. Mais uma vez, o Skid Row faz com que você tenha vontade de gritar o refrão a plenos pulmões, em uma performance empolgante e marcante.

Encaminhando-se para as músicas finais do álbum, “Makin’ a Mess” tem um excelente instrumental, com destaque à bateria de Affuso, muito presente, que antecede os vocais de Bach. O solo de guitarra também é bem executado e cativante, seguindo na mesma direção do restante dos elementos da música.

O Skid Row sabe fazer balada, e um exemplo disso é “I Remember You”. O contraste entre a música romântica e a potência da faixa é simplesmente sensacional. Mais uma vez, entregam uma ótima música, com um excelente refrão e que encanta qualquer um. É impossível não cantar com Bach e se emocionar com a qualidade da música.

Deixando os corações apaixonados de lado, a música que encerra o trabalho é “Midnight / Tornado”. É uma grande faixa, bem trabalhada e composta, sendo uma das músicas mais cativantes do trabalho. O riff de guitarra, aliado às linhas de baixo, é um grande destaque, além do refrão mais potente, com o coro de vozes por trás da voz principal.

Para mim, este é o melhor trabalho do Skid Row. Outro álbum que deve ser citado e também enaltecido, é o segundo registro da banda, Slave To The Grind (1991), que é igualmente sensacional.

A questão de Skid Row, é o fato de que as músicas são um tanto quanto curtas. “I Remember You” é a faixa mais longa do disco, com cinco minutos e treze segundos. Talvez, se o Skid Row tivesse optado por realizar menos músicas e fazê-las um pouco mais longas, a experiência de audição do álbum não aparentaria ser tão rápida, mas isso, de forma alguma, compromete a qualidade do registro.

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Via: WikiMetal